Assim como todo o organismo, as estruturas dentárias e a mucosa oral sofrem alterações durante o processo de envelhecimento.
De acordo com os odontologistas, estas mudanças, inclusive a do tecido que reveste a cavidade interna da boca - mucosa oral, podem se manter clinicamente estáveis e saudáveis independente da idade do indivíduo desde que haja acompanhamento periódico e boa vontade do cliente.
A boa mastigação associada à qualidade dos alimentos que consumimos diariamente é fundamental na nutrição do cérebro, podem acreditar.
A desidratação progressiva dos tecidos da boca, como também o descuido com os dentes naturais ou não, eleva a formação de tecido fibroso, sem qualquer vida, e aumenta a incidência de infeções bacterianas que dão origem à cárie dental e à doença peridontal.
Na língua pode ocorrer redução no número de botões gustativos responsáveis pela sensibilidade ao paladar. A higienização da boca é crucial para o sucesso na prevenção das doenças orais.
Manter a boca hidratada e escovada favorece na nutrição do corpo.
A falta de água nas células do compartimento oral, o não beber líquidos com freqüência, modifica a função das glândulas salivares e o volume de saliva, tornando-a mais espessa e com baixa funcionalidade. A redução no volume e na concentração da saliva, com menor lubrificação da boca, afeta a motilidade da língua e dificulta a deglutição, o engolir os alimentos.
Os alimentos possuem importância na manutenção dos tecidos bucais mediante a força mastigatória exercida sobre o tecido ósseo e sobre as glândulas salivares. Tal observação nos faz pensar na lei de uso e desuso. Lembrem-se de escolher e mastigar muito bem os alimentos. Lembrem-se de beber água.
Legumes, verduras e grãos, ricos em fibras, ajudam na prevenção de cáries e outras doenças de gengiva pois estimulam a mastigação, promovem hidratação às células e auxiliam na remoção de resíduos alimentares após uma refeição
É notória a importância da salivação no processo digestivo e absortivo dos nutrientes oriundos dos alimentos. Alterações significativas no volume de saliva podem ter conseqüências adversas à saúde bucal.
As causas mais comuns do baixo fluxo salivar, ou da hipossalivação, são: falta de líquidos no organismo pela não hidratação, redução na freqüência de mastigação dos alimentos ingeridos nas refeições e o uso contínuo de certos tipos de medicamentos, analgésicos, antiarrítmicos, anti-hipertensivos e diuréticos, já que levam ao ressecamento da boca.
O empenho da equipe interdisciplinar através do serviço prestado pela odontologia e pela nutrição vem mostrar o quanto se ganha, e se pode oferecer, quando existe uma proposta de trabalho em conjunto. Acredite que muito deste trabalho e deste ganho depende 50% de você.
Andréa Abdala Frank
Nutricionista,
Prof. do Instituto de Nutrição UFRJ
a.abdala@uol.com.br
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Tudo começa pela boca
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