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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Fast Food

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O tempo talvez seja um dos principais elementos de valor no contexto globalizado atual. As sociedades, majoritariamente as ocidentais, se tornaram muito apressadas. Um reflexo dessa "correria" é encontrado na alimentação, nos chamados fast-foods (do inglês, "comida rápida"). Para quem tem de almoçar todos os dias fora de casa - situação de pelo menos um em cada quatro brasileiros que vivem nas grandes cidades -, há poucas opções além das refeições rápidas. Comer em fast food é prático e barato, porém pode se tornar muito nocivo a saúde.


Fast food é uma expressão utilizada para se referir a todo alimento preparado em um pequeno intervalo de tempo e consumido por conveniência, como sanduíches e pizzas. De fato, esse hábito alimentar se tornou um elemento cultural em alguns lugares, especialmente nos Estados Unidos, fato criticado desde o final do século XX. Um dos piores perigos desse hábito foi comprovado através dos dados demonstrando a obesidade dos americanos: Entre 1988 e 1994, 23% dos habitantes do país podiam ser caracterizados clinicamente como obesos. Em 1999, esse número subiu para 30%.


Por necessidade ou opção, os brasileiros aderiram ao sabor e à praticidade dessas "refeições leves", sem grande valor nutritivo, servidas em lanchonetes coloridas que invadiram os centros urbanos. Bom ou ruim? A verdade é que, se fossem consumidos com moderação, esses pratos não seriam tão nocivos à saúde.


Além de uma refeição dessas ser extremamente calórica (um sanduíche, um refrigerante médio e algumas batatas fritas possuem em torno de 1500 Kcal), correspondendo à grande parte do que deveria ser ingerido num dia, pode causar problemas de saúde.


A grande quantidade de gordura presente nesses alimentos pode elevar os níveis de colesterol, aumentando o risco de doenças coronárias. Além disso, o açúcar presente nesses alimentos pode ter uma ligação direta com doenças cardíacas e diabetes.


Segundo o estudo Desenvolvimento do Risco Arterial Coronário em Jovens Adultos feito nos Estados Unidos, a obesidade é responsável por cerca de 300 mil mortes no país, e a cultura do fast-food é, provavelmente, o principal responsável por isso.



Nutrientes em desequilíbrio



Num fast-food, normalmente sobra…



  • Gordura - Pessoas obesas têm mais propensão para desenvolver doenças do coração, pressão alta e diabetes. Dietas ricas em gordura também resultam em maior risco de se contrair um câncer de cólon. Num fast-food, os pratos são geralmente frituras regadas a muita maionese e outros molhos. Esse excesso de gordura saturada na alimentação resulta em aumento da taxa de colesterol sangüíneo, que, por sua vez, pode causar o entupimento das artérias, o enfarte e o derrame cerebral.

  • Sal - Além do sal já presente na maioria dos pratos, muitos costumam acrescentar ainda mostarda, ketchup e toda sorte de molhos. O resultado pode ser a hipertensão arterial, um dos fatores de risco para as cardiopatias.

  • Açúcar - Geralmente o acompanhamento do prato é um refrigerante, o que só faz engordar. Além disso, refrigerantes podem provocar cáries.



E faltam…



  • Vitaminas - São substâncias orgânicas que promovem e mantêm um bom equilíbrio vital - uma visão acurada, a formação de células do sangue, dos ossos e dos dentes e um bom ritmo cardíaco - e ainda ajudam na conversão dos outros nutrientes em energia. Como o corpo humano não é capaz de sintetizá-las, precisam ser ingeridas diariamente.

  • Sais minerais - São micronutrientes que contribuem para conservar e renovar os tecidos do corpo humano, excitar as células nervosas e desencadear bom número de reações químicas do organismo.

  • Fibras - São importantes para o bom trânsito gastrointestinal e ajudam a reduzir o nível de colesterol no sangue. Refeições de fast-foods geralmente são pobres em fibras, pois se utilizam pouco dos vegetais folhosos, das frutas com casca e dos cereais integrais.



Propaganda apela para cores


O apelo publicitário usado pelas empresas do ramo tem armas bem conhecidas: cores atrativas, vermelho e amarelo principalmente - capazes de despertar o centro do apetite no hipotálamo -, e imagens que dão água na boca. O bombardeio mercadológico pode acontecer em qualquer lugar: nos outdoors, nos ônibus, na TV, no cinema, em faixas estendidas nas esquinas…


Especialistas explicam que a função da propaganda no campo alimentar é criar no inconsciente do consumidor a "necessidade" de comprar aquele alimento. Ao adquiri-lo, ele leva a ilusão de um "status", "da liberdade de escolha" ou da "modernidade". Nesse jogo de marketing, a educação alimentar tem pouco espaço: cabe ao consumidor aprender a distinguir por si mesmo quais os alimentos supérfluos e quais são realmente importantes para sua saúde. Um aprendizado que está engatinhando no Brasil.



Crianças, as maiores vítimas


Quase metade dos comerciais veiculados na TV - na frente da qual as crianças costumam passar boa parte do seu tempo - é de alimentos e muitos estão direcionados ao público infantil. Geralmente, esses alimentos são pobres em fibras e ricos em açúcar, gordura e sódio. Além disso, a TV desencoraja a atividade física e estimula, cada vez mais, o uso passivo do tempo de lazer.


Um estudo feito no Canadá em 1983 já mostrava a influência dos fast-foods sobre o comportamento social das crianças e dos adolescentes. Naquele país, três de cada dez jovens não tomavam café da manhã, compensando essa deficiência com lanches no fim da tarde - muitos dos quais feitos fora de casa. Para a maioria dos jovens, comer é uma forma de desenvolver relações sociais.
Porém, o fast-food vicia o paladar: há grandes chances de essa criança ou esse adolescente adepto das refeições rápidas tornar-se um adulto que se alimenta mal e, portanto, carente de nutrientes ou portador de obesidade.





Soluções: bom senso e informação


Assim, cabe aos pais, em particular, servir-lhes de modelo. Recomenda-se que eles ofereçam aos filhos desde cedo uma grande variedade de alimentos nutritivos, apropriados ao seu desenvolvimento. Quanto aos fast-foods, basta ter bom senso e só recorrer a eles de vez em quando.


O IDEC julga ainda que esses estabelecimentos deveriam estampar informações sobre calorias, proteínas, gorduras, carboidratos, sódio e colesterol, e advertências para fenilcetonúricos e diabéticos contidos em seus pratos. Assim, o consumidor saberia mais sobre os lanches que quer comer.


Roberta Peixoto Martins - Nutricionista GANE via

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